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Sobre Antonio Miranda
 
 


 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 
 

SIMÓN ZAMBRANO

( VENEZUELA )

 

ARAURE – PORTUGUESA  (1976)

 

Poeta, escritor, mediador de leitura e editor. Estudou Letras na Universidad de los Andes-ULA e Pedagogia na Universidade Politécnica Territorial de Mérida Kleber Ramírez-UPTMKR, Venezuela. Candidato ao Mestrado em Pedagogia Crítica pela UPTMKR.

Publicou: Ninho com pássaros mortos (2006) , Vivi no refúgio das minhas palavras ambulantes (2007), Insônia me olho no espelho (2008), Contos da Serra (2016), Sinfonia de ossos (2020). ), Tremor de pássaros (2021) , entre outros. Já escreveu para crianças: Cavalinho com Juba Dourada , O Pato com Seu Apito, Feitiços para Brincar Todos os Dias , entre outros. Facilita oficinas de Criação Literária e Leitura para a Casa Nacional de Letras Andrés Bello e o Centro Nacional do Livro da Venezuela.

Seu trabalho aparece em jornais, revistas e antologias dentro e fora da Venezuela, como: PlexoAmérica. Poesia e Gráficos. Venezuela-Chile, PlexoAmérica. Poesia e Gráficos. Colômbia-Venezuela, Antologia do Festival Mundial de Poesia da Venezuela, Amanecer de Bala. Panorama Atual da Poesia Jovem Venezuelana, entre outros. Foi parcialmente traduzido para o búlgaro. Vencedor do Prêmio DAES-ULA (2006) e da Bienal Nacional de Literatura Ramón Palomares (2019). Fundador da Páramo Editorial no Chile e da Kaizú Ediciones na Venezuela.

 

TEXTOS EN ESPAÑOL      /     TEXTOS EM PORTUGUÊS  


AMANECIERON DE BALA - Panorama actual de la joven poesía venezolana. Antología. Compiladores: Dannybal Reyes, Ricardo Zerpa Salazar, Yanuva León. Caracas: Fundación Editorial El Perro y la Rana, 2007.  ISBN  978 9803 968328

                                     Exemplar biblioteca de ANTONIO MIRANDA

 

HOJA FRÁGIL

Hoja frágil
te balanceas a merced
del aliento
de los más pobres
espíritu degollado
caes cientos de kilómetros
y no se te ve ya
un gigante ha roto
tu espina dorsal.


Recorren sus viejas casas

Uno a uno
ya todos han muerto
Yo me mudo de pueblo
para esquivar el silencio
Los fantasmas recorren sus viejas casas
y ya diviso el arcoíris
de donde no bajarán
nuevas ilusiones.


El culpable

al pintor Wladimir Guerrero

La mustia
llenó de negros colores
el soliloquio del confesado
La premura
del soldado de Dios
para empujarlo
hacia las brasas
del infierno
disiento por no escuchar cantos
ni perfumes
de mujeres sin rostro
indicándole el camino
a mis ojos
desgastados.


Viejos aromas

Claustro lúgubre
despides viejos aromas
de rosadas monjas
que se arroparon con la sombra de su dios
no mirando a los desposeídos
Ahora también se escuchan llantos
y las escaleras manchadas de sangre
Abismales cantos entorpecen la lectura
Las ventanas corroen el alma
pernoctan en la ruptura de rostros
y cuerpos desvencijados
Galopan y bailan
sin saber por qué
La fiebre ha hecho estragos
sólo unos ojos
sumergen sus pupilas
en los aleros.


Mi ciudad tiene fantasmas

Mi ciudad tiene fantasmas
todos van vestidos
y yo allí
atropado sólo con mis manos
todos son de distintos colores
pasean
buscando un alma
dónde descansar
sus viejas costumbres
y sus viejos dolores.


Despertó de sus palacios

                                      
a mi padre in memorian

Mi padre despertó de sus palacios
conmovido por el silencio de la muerte
examinó las escrituras a su alrededor
quiso buscarme
los jardines y el ocaso
me dirigieron
al lado de los mercaderes
como un mendigo
es atacado por el sol
envenenado por el hambre
ahora lo veo desde lejos
confundirse entre la gente.
 

 

TEXTOS EM PORTUGUÊS
Tradução de ANTONIO MIRANDA

 

FOLHA FRÁGIL

Folha frágil
te balanceias à mercê
da respiração
dos mais pobres
espírito decapitado
cais centenas de quilômetros
e não se te vê já
um gigante quebrado
tua espinha dorsal.


Percorrem suas velhas casas

Um a um       
já todos morreram
Eu me mudo de povoado
para desviar o silêncio
Os fantasmas recorrem suas velhas casas
e já avisto o arco-íris
de onde não descerão
novas ilusões.


O culpado

ao pintor Wladimir Guerrero

A mustia
encheu com negras cores
o solilóquio do confessado
A pressa
do soldado de Deus
para empurrá-lo
até as brasas
do inferno
discordo por não escutar cantos
nem perfumes
de mulheres sem rosto
indicando o caminho
aos meus olhos
desgastados.


Velhos aromas

Claustro lúgubre
despedes velhos aromas
de rosadas freiras
que se vestiram com a sombra de seu deus
não olhando os despossuídos
Agora também se escutam prantos
e as escadas manchadas de sangue
Abismais cantos impedem a leitura
As janelas corroem a alma
pernoitam na ruptura de rostos
e corpos frágeis
Galopam e dançam
sem saber por quê
A febre fez estragos
somente uns olhos
submergem suas pupilas
nos beirais.


Minha cidade tem fantasmas

Minha cidade tem fantasmas
todos vão vestidos
e eu ali
capturado apenas com minhas mãos
todos são de diferentes cores
passeiam
buscando uma alma
onde descansar
seus velhos costumes
e suas velhas dores.


Acordou de seus palácios

                                      
a mi padre in memorian

Meu pai acordou de seus palácios
comovido pelo silêncio da morte
examinou as escrituras ao seu redor
quiz buscar-me
os jardins e o ocaso
me dirigiram
ao lado dos comerciantes
como um mendigo
é atacado pelo sol
envenenado pela fome
agora eu o velo de longe
confundir-se entre o gentio.


 

 

 
 
 
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